Ejaculação retardada

Ter o controle da ejaculação pelo máximo de tempo possível em uma relação sexual é um objetivo masculino. Quanto mais o homem conseguir adiar esse momento, maior a intensidade do orgasmo quando ele acontece. Mas o desejo nessa hora pode ganhar contornos de pesadelo quando ele demora demais para gozar durante a penetração ou só consegue chegar ao clímax com a masturbação. Essa disfunção recebe o nome de ejaculação retardada e pode acontecer em qualquer momento da vida. Mas, no geral, ocorre desde o início da vida sexual do homem.

Quando os pacientes reclamam desses sintomas, os médicos primeiro descartam os problemas de origem orgânica.

Diabete, por exemplo, pode interferir diminuindo a sensibilidade no pênis e o estímulo elétrico que vai dessa região, passa pela coluna e chega até o cérebro. Nesse percurso pode ter algum tipo de alteração.

A diminuição de testosterona, que pode ter mais de 60 causas, também pode causar a disfunção".

Por isso, é comum que a ejaculação retardada também aconteça depois do 50 anos por conta de diabete e andropausa, que é a queda natural da testosterona. Nesses casos, são pedidos exames hormonais e checado o reflexo peniano com eletromiografia, que testa o percurso do estímulo entre o pênis, coluna é cérebro para ver se não há nenhuma lesão.

Além disso, alguns medicamentos podem causar a disfunção. "Esses casos têm sido mais comuns porque as pessoas estão tomando muitos antidepressivos e um dos efeitos colaterais dessas substâncias é retardar a ejaculação. Calmantes e remédios para pressão alta também podem ter o mesmo efeito.

 

Questões psicológicas

 

Após eliminar a possibilidade de problemas físicos e o uso de medicamentos, o paciente é encaminhado para tratamento psicológico para investigar as causas. E uma delas pode ser a masturbação excessiva. Ele se acostuma com aquele tipo de estimulo, pressiona o pênis com mais força e não vai encontrar essa pressão na vagina. Masturbar-se mais de duas a três vezes por dia todos os dias já é considerado excesso e um indício para procurar um especialista.

Se ele tem uma masturbação muito intensa, pode ter dificuldade de perceber a estimulação da vagina durante a relação sexual por uma menor intensidade de estímulo e isso dificultar a excitação e ejaculação.

Outro fator que, associado a essa prática em excesso, pode levar à ejaculação retardada é a dificuldade em lidar com pessoas com quem o homem se relaciona.

Alguns têm certa hostilidade e desconfiança emocional com relação ao sexo feminino, por exemplo. Não conseguem relaxar e se entregar para chegar ao orgasmo.

A educação sexual muito rígida também pode gerar conflito e ansiedade com relação à sexualidade. Um homem solteiro, que se masturba em excesso e com problemas para interagir terá mais tendência a esse tipo de problema".

Mas é possível que um homem tenha vida sexual saudável e desenvolva o problema em uma fase da vida como, por exemplo, após uma separação.

O simbólico de uma ejaculação intravaginal é a entrega, confiança. Dependendo de como se deu essa separação, se foi traumática, ele pode não querer se envolver. E nem sempre essa dificuldade de confiar é consciente.

Além de traumas, experiências negativas, iniciação sexual desastrosa e ansiedade podem desencadear a disfunção e ela aparecer em qualquer faixa etária.

O estresse também contribui para o problema. "Pode acontecer eventualmente um período de ejaculação retardada em momentos mais tensos que tende a acabar quando o período terminar". Neste caso é importante que a parceira seja compreensiva. Caso contrário, o homem vai sofrer ainda mais. "Ele fica mais ansioso, angustiado porque o sexo passa a ser cheio de expectativas e, geralmente, negativas. Vira uma bola de neve".

 

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