Tratamento reduz o risco de amputação por câncer

06.02.2012

 

Foram feitas no Brasil as primeiras cirurgias para tratar câncer usando um medicamento importado que aumenta as chances de "matar" o tumor e evitar que a perna ou o braço afetados sejam amputados.

O medicamento chamado Beromun, mas mais conhecido como TNF (fator de necrose tumoral), mata as células do tumor e permite que a quimioterapia penetre mais nele.

Um dia depois, destrói os vasos sanguíneos que irrigam o tumor, matando-o também por falta de oxigênio.

O remédio só era usado no exterior. Por isso, pacientes que precisavam do TNF tinham que viajar para outro país para fazer o tratamento.

Com cirurgia e quimioterapia, os pacientes com melanoma tinham 50% de chance de evitar a amputação, e aqueles com sarcoma, 20%.

 

O melanoma é o tipo mais perigoso de tumor de pele.

Já o sarcoma tem origem em células de tecidos como de músculos, ossos e gordura.

 

Com a adição do TNF, as chances de conservar o membro aumentam para 90% no caso de quem tem melanoma e 50% para os pacientes com sarcoma, segundo João Duprat, diretor do departamento de câncer de pele do Hospital A.C. Camargo.

Como o medicamento é muito forte e a dose de químio usada em conjunto para matar o tumor é dez vezes maior que a suportada pelo organismo, o medicamento só pode ser usado na perna ou no braço com câncer, e os membros precisam ser "isolados" do corpo.

Isso quer dizer que uma máquina de circulação extracorpórea separa o sangue do membro e os medicamentos do resto do corpo.

 

O novo tratamento, no entanto, ainda é para poucos. Como a fabricante do remédio não entrou com o pedido de liberação junto à Anvisa, a importação só pode ser feita pelo paciente que usará o TNF, a um custo de US$ 20 mil, tirados do próprio bolso.

 

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