O Padre Responde

 

 

Hoje gostaria de responder a uma pergunta que diz respeito ao tema vocacional.

Alguém perguntou:

“Gostaria muito de entrar para a vida religiosa, ser padre ou monge, mas queria fazer a experiência do namoro antes. Acabei, em menos de um ano, me casando. Agora estou profundamente arrependido de ter me casado, apesar de ter uma boa esposa. O que fazer? Estou angustiado... parece que eu traí o que Deus queria para minha vida...

 

Meu amigo, Diz um ditado que, “o que está feito, não está por fazer”, assim é preciso que vocês e, no caso também a sua esposa, tenham a certeza de que Deus não lhes permitiria seguir a vocação do matrimônio, sem que tivesse um propósito, um projeto para vocês dois. Vale recordar-lhe que o Matrimônio é uma belíssima vocação, isto é, um chamado de Deus, um desígnio Dele. Desta forma, acolho-o a assumir com responsabilidade este seu estado de vida, procurando fazer de sua família uma Igreja Doméstica, um Santuário onde Deus esteja sempre presente, onde a vida possa também florescer. A família é a célula base da sociedade, é na família que o ser humano se prepara para a vida na comunidade de fé, como discípulo missionário de Jesus Cristo e para a vida em sociedade, como cidadão. Por isso, valorize o seu matrimônio, a sua família.

Outro aspecto importante é o caso de você valorizar o seu sacerdócio comum, adquirido no batismo e exercê-lo, juntamente com sua esposa no seu lar. Na família os pais têm a função sacerdotal, isto é, de procurar a santificação de todos os seus. Levar os seus filhos a Deus, ser a ponte através da qual os filhos possam chegar a Deus e Deus possa chegar a eles. Um caminho eficaz para o cumprimento desta missão é a vida de oração, o testemunho e a união com a vida comunitária, onde, sobretudo, através da celebração dominical da Eucaristia, sua família possa encontrar o cento de sua existência, a fonte e o ápice de toda a vida cristã. A atuação pastoral será também um caminho eficaz para o exercício do sacerdócio comum dos fiéis, fazendo-o sempre através de um testemunho autêntico de fidelidade aos compromissos matrimoniais, pois o testemunho é o modo mais convincente de anunciar a Boa Nova, como recordou o papa Paulo VI: "O homem contemporâneo escuta com melhor boa vontade as testemunhas do que os mestres, ou então se escuta os mestres, é porque eles são testemunhas". (EN, 41).

Você pode também alimentar a esperança de que um dia tenhamos na diocese o Diaconato Permanente, que poderá ser uma forma de participação mais ativa, mais efetiva e ordinária na missão da Igreja. Para o exercício deste ministério, no entanto, é preciso que a vida matrimonial esteja bastante estruturada, bem edificada e vivida coerentemente.

É o que eu posso dizer, meu prezado amigo, sobre esta sua inquietação. Repito, não tenha dúvida, seu estado de vida atual, isto é, sua vida matrimonial foi querida e abençoada por Deus. Vive esta sua vocação com amor e dedicação à sua família e à sua comunidade, pois, a Igreja precisa de famílias santas que colaborem no seu crescimento. Deus abençoe sempre a sua família. 

 

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